RIP | O adeus do blog a David Bowie
Ontem, dia 10 de janeiro de 2016, um dos artistas mais importantes e influentes da música popular mundial nos deixou. Aos 69 anos, David Bowie encerrou sua passagem pelo Planeta Terra após uma batalha de dezoito meses contra um câncer de fígado. É importante que se diga que, com sua morte, não apenas a música, mas a arte como um todo, ficou mais pobre e medíocre. A dívida do rock e do pop de hoje para com Bowie só encontra paralelos com a dívida destes para com os Beatles, o Velvet Underground e o Kraftwerk, talvez – embora o “Camaleão do Rock”, como era chamado, tenha reverenciado, através de sua extensa e diversificada obra, o trabalho desses artistas também. Por outro lado, outros campos da existência e da experiência humanas, da moda ao cinema, passando também pelo comportamento, também têm algo a agradecer a ele.
Bowie também foi uma influência (confessa) do Joy Division e do New Order. Ele era um dos heróis de Ian Curtis ao lado de Lou Reed e Iggy Pop (dois nomes que, aliás, também devem muito ao Camaleão). Antes de se chamar Joy Division, em sua efêmera encarnação punk o grupo atendeu pelo nome Warsaw (Varsóvia em português), cuja inspiração foi a faixa “Warszawa”, canção que abre o lado B do álbum Low, de 1977, o primeiro de uma trilogia que David Bowie gravou em parceria com Brian Eno no que outrora se chamou “Berlim Ocidental”. Low e os outros dois álbuns da chamada “Trilogia de Berlim”, os discos “Heroes” e Lodger, estão no DNA de diversas bandas britânicas que se lançaram no universo da experimentação eletrônica e dos sintetizadores: Depeche Mode, Ultravox, Visage, OMD e, é claro, New Order. Tanto que os integrantes de nossa banda favorita, atuais e antigos, não deixaram de se manifestar em suas redes sociais. A tecladista Gillian Gilbert, em sua conta no Twitter, escreveu “Tão triste. Descanse em paz, Starman”. O baterista Stephen Morris também “tuitou” a respeito: “Oh, não, David não. Que descanse em paz um verdadeiro gênio”. O ex-baixista Peter Hook não deixou por menos e escreveu o seguinte: “Para início de conversa, minha banda ideal era Bowie e [Mick] Ronson, The Spiders From Mars! Nunca mudei de opinião! E uma das maiores duplas foi agora reunificada. Descanse em paz”.
Mas quem achou que o vocalista e guitarrista Bernard Sumner ficou em silêncio, se enganou. Hoje, no programa BBC Newsnight da BBC Radio 2, Sumner participou ao vivo de uma discussão sobre a importância e o legado de Bowie ao lado de Tom Robinson e Victoria Broackes. Além disso, é de autoria de Bernard o breve depoimento publicado hoje no site oficial do New Order: “Fiquei muito chocado e entristecido ao assistir o noticiário esta manhã e saber sobre a morte de David Bowie. Eu sempre olhei para ele e pensei ‘sim, ele é o grande lance, indiscutivelmente bom, uma referência para toda uma série de músicos, tenho certeza’. Perdemos alguem único, que não pode ser substituído”.
O blog New Order Brasil FAC 553 está de pleno acordo com Sumner: David Bowie é insubstituível. Não houve, não há e certamente não haverá ninguem comparável a ele. Não apenas lamentamos essa grande perda, como admitimos que nunca imaginamos o mundo sem Bowie. Felizmente, ele nos deixou um extraordinário legado que, certamente, continuará inspirando novas gerações. Só nos resta agradecê-lo do fundo de nossos corações.
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Rebloguei esta postagem no blog do Rockontro.!!!
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A vontade, meu caro!
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